HIKE AND FLY
- Atleta de Aventura
- 1 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Retorno às origens do parapente.
(fonte: Cross Country Magazine - Edição Ano 2015)
(tradução: Júnior CB)
Foto:
Piloto: Pascal Purin
Local: Lago de Garda/Itália
Tirada por: Mário Eder

O parapente não tem como ser mais simples do que subir uma montanha andando e descer voando. Matt Warrens está no topo do fenômeno do hike&fly.
Era uma vez, o parapente era um equipamento leve e simples. Pioneiros montanhistas e trilheiros colocavam seus equipamentos dentro de uma mochila, desbravavam novas trilhas... e então desciam voando.
No início dos anos noventa, entretanto, o conforto, segurança e performance levaram as velas e seletes a ganharem volume. Alguns poucos fabricantes - particularmente nos alpes - criaram um nicho, equipamentos leves, mas o esporte de meia idade foi ganhando peso. Para evitar um infarto, você dirigia até a rampa e decolava seu parapente com mais de 20kgs de uma decolagem oficial a uma grande distância do estacionamento.
Mas então o esporte começou a retornar a suas raízes. Em 2000, a Ozone produziu sua primeira vela leve específica, o Peak, a partir do Atom, seguindo este com o Geo em 2004. O Geo definiu o tom para a nova geração de baixo peso.
Logo, novos materiais, seguindo a crescente demanda, gerou um sedento novo mundo de parapentes leves, do intermediário Ultralite, ainda a vela mais leve certificada, até as revolucionárias velas com apenas uma superfície (extradorso), como o Ozone XXLite ou o Niviuk Skin e as velas de competição de ponta peso pena como o Gradiente Avax XC5. A Ozone atualmente oferece uma versão leve de todas as suas velas, que respondem por 15% do faturamento, e vários fabricantes seguem o mesmo caminho.
As seletes seguiram o exemplo, dos modelos leves para caminhada que se revertem em mochilas, como a Ícaro Apus, a qual inclui um airbag e pesa apenas 1.95kg, até as as seletes de alta performance desenhadas para competir no X-Alps. E, se você realmente quer eliminar peso, a F*Lite da Ozone pesa 102.1gr - apenas não planeje voar um dia inteiro com ela.
Tudo isto deixa os pilotos com uma questão: o que fazer com tudo isto? Bem, inspirados pelo cada vez mais popular RedBull X-Alps, mais pilotos do que nunca estão evitando a velha rotina, retornando às origens do esporte subindo as montanhas andando com suas mochilhas abaixo dos 10kg e descendo voando, ou optando por equipamentos de alta performance super leves para embarcar em aventuras bivouac de alguns dias.
É tempo de explorar.
Muito boa a matéria e o layout da pagina, ainda mais para quem lê pelo celular.